quarta-feira, junho 08, 2011

EM FOCO:

1. CAMINHANDO E CANTANDO...
2. É O PET...
3. DIVERSOS

Aos fidelíssimos e raríssimos seguidores, informo que o tempo pós-Antonio se tornou mais curto, mas não diminuiu minha vontade de escrever. Assim, o que havia pensado para a semana que passou se juntou ao que escrevi para esta semana. Abraços.





1. Caminhando e cantando...
No dia 28/05, uma manhã ensolarada de sábado, e uma pequena manifestação contra o grande horror da corrupção impune...

Confesso que fui até o largo da Trindade, naquele sábado pela manhã, cheio de expectativas de que a tal “Caminhada Contra a Corrupção”, capitaneada pela OAB-PA, fosse se transformar em um mega-evento, capaz de chamar atenção da mídia nacional para a repulsa e o asco que nos acomete ante todas as notícias de corrupção que atentam contra o dinheiro público, sejam elas novas (como a que assola a folha de pagamento da ALEPA) ou não-tão-novas (caso SUDAM-e-as-rãs, caso Maioranas, contas da AJCarepa etc).
Não havia uma multidão, nem perto da previsão de 50 mil pessoas por parte da organização. No entanto, ainda deu para ficar saudoso, como sempre fico em eventos desse tipo. Havia centenas de pessoas que trocaram seu cotidiano da manhã de sábado para marcar presença, alguns de maneira contundente (vestindo sua revolta, por vezes) e outros de maneira tímida, ainda assim legítima. Deixaram seus planos pessoais de lado e foram cantar, bradar, conversar, fotografar, curtir um pouco de democracia “na veia”, com palavras de ordem, cantos antigos e inflamados, mais do que pelo sol forte, por um sentimento de que, com força e com vontade, ainda há esperança no coração de tanta gente.
Cheguei mesmo a lembrar dos eventos de que participei com muitos companheiros na época do movimento estudantil na década de 80, “pulando-roletas” dos ônibus para garantir a meia-passagem que todos usam hoje. Havia mais indignação, mais movimento organizado (ou pelo menos com mais gente participando), havia correntes de pensamento mais que partidos políticos (alguns dirão que ainda existem, mas sei não...). Ainda que de maneira tímida, vi emocionado que a representação estudantil estava lá, com a UNE e UBES. Mas não eram maioria, muito pelo contrário. Não vi o DCE formalmente representado, muito menos meus alunos dos cursos de biologia (CABIO...), biomedicina e medicina (minhas desculpas aos que estavam lá e que não vi).
De maneira geral, sou muito cético no que se refere à apuração destes episódios. A maioria destes não chega sequer a ocupar os juízes, quanto mais as celas das penitenciárias. Ficam emperrados nas gavetas dos ordenadores, que com o rabo sujo não tem qualquer interesse nas investigações (seja aqui na ALEPA, seja nas altas esferas do governo – vide o que ocorreu no governo passado e que começa a ter sua continuação no atual governo (PalocciGATE). Quando chegam à esfera judicial, os processos que envolvem os que podem pagar bons advogados mostram o quão lenta é nossa capacidade de punir os culpados (ilustração máxima o caso do Mensalão e, mais recentemente, os onze anos de atraso no check-in do assassino Pimenta Neves em uma penitenciária). As iniciativas populares foram e sempre serão responsáveis pelas maiores e mais contundentes transformações que este País já assistiu (vide Diretas Já, Impeachment de presidentes, sem falar em movimentos mais remotos).
Aos que acham este assunto muito chato, insisto e recomendo-os à leitura de um texto sem igual:
O Analfabeto Político
“O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.”

Ou, se ainda não identificaram, outro poema magistral e, sem dúvida, mais do que contemporâneo:

“Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro
Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário
Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável
Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego
Também não me importei
Agora estão me levando
Mas já é tarde
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.“

Bertold Brecht (1898-1956)

2. É O PET...
No último final de semana só se falou no PET! Calma, rubro-negros, não é do sérvio que estou a falar (apesar de que foi um jogo bom o de domingo entre o poderoso mengão e o “Curintias”).
Refiro-me ao XVIII FORPET, o Fórum Paraense dos Grupos PET (FORPET/PA), realizado nos dias 3-5 de junho, nas dependências do ICB e do Auditório Setorial Básico. O objetivo do fórum é realizar a troca de experiências entre os Grupos PET através da apresentação das atividades desenvolvidas em cada grupo.
Dessa forma, o FORPET é um evento que busca discussões sobre a conjuntura organizacional do Programa transformando-se em uma ferramenta primordial no processo de interação entre os Grupos e maior conhecimento a cerca do Programa.
TIRA-DÚVIDAS: o que é PET? O Programa de Educação Tutorial (PET) foi criado pelo MEC para apoiar atividades acadêmicas que integram ensino, pesquisa e extensão. Formado por grupos tutoriais de aprendizagem, o PET propicia aos alunos participantes, sob a orientação de um tutor, a realização de atividades extracurriculares que complementem a formação acadêmica do estudante e atendam às necessidades do próprio curso de graduação. O estudante e o professor tutor recebem apoio financeiro de acordo com a Política Nacional de Iniciação Científica.

Assim, os Grupos PET de Farmácia e Biologia, da UFPA ficaram responsáveis pela Edição deste ano do Fórum, abordando o tema “Universidade, PET e Comunidade”, bem como a integração entre estes três componentes da sociedade. A programação iniciou com uma sessão solene de abertura, no recém-criado Auditório Manuel Ayres. Estive lá, dividindo a mesa oficial com meu amigo contemporâneo dos tempos de faculdade, Fernando Artur “Lobinho” (hoje pró-reitor de extensão), com a Marlene Freitas e a Lucia Harada (respectivamente, pró-reitora e diretora de ensino da PROEG), com o Lauro Itó (representando a UFRA) e com os professores Maria Fani Dolabela (Curso de Farmácia – Instituto de Ciências da Saúde/UFPA) e Luiz Carlos Santana da Silva (Laboratório de Erros Inatos do Metabolismo – ICB/UFPA). Logo após a abertura, fomos brindados com uma aula magna, proferida pelo Pró-Reitor de Extensão, depois do que vários outros momentos aconteceram, tais como apresentação das atividades dos Grupos PET, Grupos de Discussão (GD’s), Dia de Ação, Reunião de Tutores/Discentes e Assembléia Geral.

3. ASSUNTOS DIVERSOS:
CONCURSO DO LOGOTIPO DA BIOLOGIA: Brasileiro deixa tudo para última hora. No último dia de prazo para inscrições, no dia 27/05, não havia ninguém inscrito para o concurso quando cheguei à Faculdade, antes das 8 horas da manhã. Resolvemos prorrogar as inscrições até o próximo dia 30/06. E não é que foi só eu divulgar o adiamento começaram a chegar os trabalhos? Já temos cerca de 15 trabalhos inscritos e esperança há de que teremos mais trabalhos até o dia-limite. Ainda não se inscreveu? Dá tempo, lembre do que falei no post anterior ("polpudo prêmio" (R$ 500,00) e muita fama ao vencedor...).
PARTICIPEM!


Por hoje é só. Tenham todos uma profícua semana.


Edmar Costa


Edmar Costa
etcosta@globo.com

@edmar_costa
etcosta@ufpa.br
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